LAURACEAE

Ocotea pulchella (Nees & Mart.) Mez

Como citar:

Maria Marta V. de Moraes; Tainan Messina. 2012. Ocotea pulchella (LAURACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

2.505.324,295 Km2

AOO:

2.116,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

Ocorre nos Estados de Tocantins, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Quinet et al., 2011).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Maria Marta V. de Moraes
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

Aespécie ocorre nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, com EOO de 2.152.735 km²,inclusive em unidades de conservação (SNUC).

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Ocotea pulchella talvez seja uma das mais bem representadasespécies nos herbários da região sudeste, onde sua grande variação vegetativapode ser observada. Este fato, certamente propiciou grande número devariedades, como também, a proliferaçãode sinônimos atribuídos à espécie. Nomes populares: "canelinha", "canela-preta", "canela-lageana", "canela-da-folha-dura", "canela-do-cerrado", "inhumirim" (Quinet, 2008).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Sim
Detalhes: A madeira é considerada de 2a classe e empregada para tabuado em geral, vigas, moirões, ripas, assoalhos, rodapés, forros, etc. a árvore apresenta características ornamentais que a recomendam para o paisagismo. É ótima para plantios mistos em áreas degradadas (Lorenzi, 2002).

População:

Flutuação extrema: Sim
Detalhes: Segundo Klein (1966), Ocotea pulchella é depois da Imbuia a Lauraceae de maior importância sociológica e de melhor expressão nos sub-bosques de pinhais no Estado de Santa Catarina, sendo dominante em várias regiões do Estado. Em Itapoá, SC, foram amostrados 1250 ind./ha (Salimon; Negrelle, 2001). Nos fragmentos de áreas florestais de Santa Catarina foram estimados 11,95 ind./ha (Vibrans et al., 2008). Na Floresta Nacional de São Francisco de Paula foram estimados 51,72 ind./ha (Sonego et al., 2007). Em Campo Belo do Sul, SC, O. pulchella apresentou crescimento populacional: em 1992 apresentou 18,75 ind./ha e em 2003 apresentou 26 ind./ha (Formento et al., 2004). Em Passo das Tropas, Santa Maria, RS, foram amostrados 25 ind./ha (Budke et al., 2004). Foram amostrados 256 ind./ha em Brotas, SP (Gomes et al., 2004). Parque Estadual da Campina do Encantado, Pariquera-Açu, SP foram amostrados 26,7 ind./ha (Sztutman; Rodrigues, 2002).

Ecologia:

Biomas: Cerrado, Mata Atlântica
Fitofisionomia: Desenvolve-se em Campo Rupestre, Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar e/ou de Galeria (Quinet et al., 2011). É encontrada na região Sul em Floresta Ombrófila Mista, restinga e em topo de morros e encostas (Klein, 1966).
Detalhes: Árvore de 20-30 m de alt., com tronco de 50-80 cm de diam. Folhas simples, face superior glabra e inferior ferrugíneo-pubescente. Os frutos são drupas globosas ou elipsóides de cor escura. Planta semidecídua, heliófita e seletiva higrófita, comum na floresta, Restinga e Cerrado. Floração de novembro a janeiro e frutificação de maio a julho. O desenvolvimento das mudas é lento, porém o das plantas no campo é moderado (Lorenzi, 2002).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
"Em perigo" (EN), segundo a Lista vermelha da flora de Minas Gerais(COPAM-MG, 1997).
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
Ocorre em áreas de proteção ambiental (vide aba distribuição).

Ações de conservação (3):

Uso Proveniência Recurso
Confecção de ferramentas e utensílios
A madeira é considerada de 2a classe e empregada para tabuado em geral, vigas, moirões, ripas, assoalhos, rodapés, forros, etc. (Lorenzi, 2002).
Uso Proveniência Recurso
Ornamental
A árvore apresenta características ornamentais que a recomendam para o paisagismo (Lorenzi, 2002).
Uso Proveniência Recurso
Restauração Ambiental
​ É ótima para plantios mistos em áreas degradadas (Lorenzi, 2002).